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Gestão de Talentos

Como contratar menor aprendiz: regras, vantagens e tudo o que RH precisa saber

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7 minutos de leitura
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Você possui menores aprendizes na sua empresa? Esse tipo de contratação é uma ótima forma de preparar os seus colaboradores e sua instituição para o futuro. Saiba o que é menor aprendiz, como contratar e quais as vantagens!

Neste artigo, abordaremos os passos básicos para contratar menor aprendiz. Além disso, falaremos também sobre as vantagens dessa contratação e o que você precisa saber para garantir o melhor desempenho desses profissionais.

Falaremos também sobre a importância de observar as leis específicas para contratar os menores de idade e jovens recém-chegados no mercado de trabalho. RH e Departamento Pessoal, quer saber tudo sobre a contratação dos jovens aprendizes na sua empresa? Então continue a leitura!

Índice

O que é menor aprendiz?

Antes de explicar como contratar menor aprendiz, nós explicaremos o que é ser um jovem aprendiz. Esse perfil profissional é ocupado por adolescentes ou jovens entre 14 e 24 anos. 

O adolescente precisa estar matriculado e frequentando a escola. No caso dos jovens que concluíram o ensino médio, é necessário estar inscritos no programa Jovem Aprendiz.

Um menor aprendiz — ou Jovem Aprendiz, como é legalmente chamado — está sempre buscando se aprimorar constantemente. Por isso, as empresas precisam buscar formas de desenvolver esses recém-chegados ao mercado de trabalho.

👉 Leia mais: 8 práticas de integração para acolher novos colaboradores

O que é o programa Jovem Aprendiz?

O programa Jovem Aprendiz, Menor Aprendiz, Aprendiz Legal se refere à Lei do Aprendiz, nº 10.097, aprovada em 2000 e regulamentada em 2005. Essa lei determina que toda empresa de grande ou médio porte deve ter de 5% a 15% de aprendizes entre seu quadro de colaboradores. 

O programa Jovem Aprendiz é um projeto que visa capacitar jovens com menos de 18 anos para inseri-los no mercado de trabalho. Além disso, amparado pela Lei da Aprendizagem, o programa ainda permite a contratação de jovens entre 14 e 24 anos, com ou sem experiência anterior.

Regras do programa Jovem Aprendiz

Existem algumas regras para seguir de acordo com a Lei do Aprendiz e que todas empresas devem seguir para agir conforme a lei brasileira. Confira quais são:

  • O jovem precisa estar inscrito em um curso preparatório de aprendizagem, com duração máxima de 2 anos;
  • Durante o programa de aprendizagem, o aluno recebe formação técnico-profissional progressiva, com aulas teóricas e aulas práticas;
  • O contrato de trabalho tem duração máxima de 2 anos, o mesmo tempo de duração do curso técnico-profissional;
  • Ao final do período, o jovem aprendiz pode ser contratado por prazo indeterminado pela empresa.

É importante frisar que esse programa Jovem Aprendiz é obrigatório para empresas de médio e grande porte. Lembrando que essas instituições devem assegurar, no mínimo, 5% de suas vagas para jovens aprendizes e, no máximo, 15%. No entanto, as microempresas também podem aderir ao programa, mesmo não sendo obrigatório.

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Como contratar menor aprendiz?

Como contratar um menor aprendiz? O que o setor de Recursos Humanos precisa saber sobre esse tipo de contratação? Apesar das regras para contratar menor aprendiz serem simples, muitos profissionais têm dúvidas sobre como deve ocorrer a contratação dos jovens aprendizes. Por isso, veja o passo a passo, abaixo:

Veja a compatibilidade do perfil da empresa com o programa de Aprendiz

O primeiro passo para contratar um menor aprendiz é entender se a empresa possui o perfil que se enquadra na lei brasileira. Se ela for de porte médio ou grande, então é obrigatório contratar jovens aprendizes. Além disso, as empresas que desejam ter o programa da Lei de Aprendizagem devem estar em conformidade com a legislação.

Inclusive, é necessário que a organização tenha em vista o aprendizado, o desenvolvimento profissional e a inserção desses jovens profissionais no mercado de trabalho.

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Faça convênios com instituições de ensino

Procure uma instituição profissionalizante para realizar convênios de contratação de um jovem aprendiz. Para isso, é preciso que a empresa se inscreva no programa de aprendizagem e tenha a orientação de uma instituição que faça parte do Cadastro Nacional de Aprendizagem.

Apesar de existirem diversas instituições participantes, as mais conhecidas pelo convênio de jovens profissionalizantes são o SENAC e o SENAI. No entanto, é possível encontrar escolas técnicas e entidades sem fins lucrativos registradas no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Determine as atividades e o escopo da vaga

Assim como em todo cargo, o jovem aprendiz também deve ser contratado para uma função específica para realizar determinadas atividades condizentes com o seu plano de curso profissionalizante. 

Sendo assim, para que as atividades práticas na empresa sejam complementares às aulas teóricas, o RH precisa determinar as atividades e o escopo da vaga antes de divulgar a oportunidade.

Além disso, a instituição não pode exigir que o aprendiz realize atividades que prejudiquem seus estudos, sua formação e seu desenvolvimento físico, psicológico e pessoal.

Crie um sistema de recrutamento moderno

O recrutamento de jovens aprendizes precisa ser moderno e tecnológico, assim como os perfis desses profissionais. Portanto, otimize o sistema de recrutamento da sua empresa para atrair os melhores talentos.

Para isso, crie um portal de carreiras com ajuda de um software de Recursos Humanos, como a Factorial. Assim, é possível administrar todos os seus processos de recrutamento e seleção, inclusive de menor aprendiz, para conseguir mais candidatos qualificados.

Dessa forma, o jovem fará o cadastro no site da sua empresa, o setor de RH fará a análise dos dados dos candidatos e selecionará aqueles que possuem o perfil do cargo oferecido.

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Analise o perfil comportamental

Apesar do recrutador e da área de RH não poderem exigir experiências prévias para o jovem aprendiz, os avaliadores podem analisar as habilidades e competências técnicas desses profissionais.

Sendo assim, o processo de recrutamento e seleção pode focar nas soft skills, aquelas habilidades comportamentais mais desejadas pela empresa.

O RH também pode criar um mapeamento de perfil comportamental para identificar como o menor aprendiz reage em determinadas situações, além de saber quais são os seus pontos fortes e pontos a melhorar.

Oficialize a contratação

Após o recrutamento e a seleção do jovem aprendiz, é importante que o Departamento Pessoal solicite todos os documentos necessários para a admissão, que inclui:

  • número do RG e CPF;
  • CPF do pai ou da mãe (se for menor de 18 anos);
  • Carteira de Trabalho;
  • comprovante de residência;
  • atestado de frequência escolar;
  • certificado de conclusão do Ensino Médio, se houver.

Ao assinar a carteira, o profissional de DP ou RH precisa anotar a função exercida como “Aprendiz” para comprovar a ocupação do jovem profissional. Esses departamentos também podem contar com funcionalidade da gestão de documentos da Factorial para administrar todos os documentos dos colaboradores de forma simples e segura.

Organize sua empresa para receber o jovem aprendiz

Procure organizar a sua instituição para receber o menor aprendiz contratado. Para isso, é possível determinar um tutor para o jovem profissional receber as primeiras instruções.

Além disso, faça o onboarding com o recém-contratado para conhecer melhor a organização. Informe como será o acompanhamento do desempenho do colaborador e compartilhe todas as informações com a instituição de ensino. O RH também precisa criar ações para conscientizar todos da equipe sobre a importância do jovem na empresa, mostrando como cada um pode contribuir pela sua aprendizagem.

Observe as leis de contratação

As empresas precisam contratar o menor aprendiz conforme a Lei da Aprendizagem e seguir todas as recomendações. Portanto, os profissionais de RH precisam verificar sempre a Cartilha do Jovem Aprendiz realizada pelo Portal Gov.br.

Nessa cartilha, o RH aprenderá sobre a adaptação dos horários escolares às atividades de trabalho e como contratar o jovem aprendiz de acordo com o plano do curso profissionalizante. Além disso, é importante que os responsáveis saibam que não é possível prorrogar o contrato de aprendizagem por mais de 2 anos, apenas com a efetivação após o término do contrato, entre outras leis compartilhadas nessa cartilha.

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Quais os direitos e deveres do jovem aprendiz?

Agora que você sabe o que precisa para contratar menor aprendiz, então é hora de saber quais os direitos e deveres desses profissionais novatos no mercado. Confira!

Os direitos dos aprendizes são:

  • registro na carteira de trabalho;
  • contrato de trabalho contendo informações relacionadas à jornada de trabalho, salário, direitos trabalhistas e demais direitos e deveres;
  • benefícios como salário mínimo-hora, vale-transporte, férias, 13º salário e recolhimento do FGTS;
  • jornada máxima de trabalho de até 6 horas diárias para aqueles que não concluíram o ensino fundamental e até 8 horas para quem já concluiu, incluindo atividades teóricas e práticas.

Os deveres dos aprendizes incluem:

  • estar matriculado e frequentando a escola, caso não tenha concluído o ensino médio;
  • manter a frequência mínima na aprendizagem teórica e prática;
  • manter um desempenho satisfatório nas atividades teóricas e práticas.

Vantagens de contratar menor aprendiz

Afinal, por que contratar um menor aprendiz? Assim como o próprio jovem é beneficiado pelo programa Jovem Aprendiz, as empresas também ganham muitos benefícios com esse tipo de ação.

Para as instituições:

  • Pagamento de apenas 2% de FGTS;
  • Não precisa pagar aviso prévio remunerado;
  • Não paga a multa rescisória;
  • Empresas registradas no SIMPLES não terão aumento na contribuição previdenciária.
  • Oportunidade de formar um quadro de funcionários qualificados e com experiência prática;
  • Aumento da produtividade por meio da contratação de jovens mais treinados.

Para os aprendizes:

  • Aprendizagem de habilidades profissionais;
  • Aumento de oportunidades de emprego no futuro;
  • Melhora na qualidade de vida, pois o salário pode ajudar na renda familiar;
  • Inclusão social, já que o programa possibilita aos jovens carentes a oportunidade de ingressar no mercado de trabalho;
  • Acesso a benefícios como vale-transporte, refeição e assistência médica.

Contudo, para que essas vantagens realmente existam, é preciso que todo o processo de contratação e de gestão dos menores aprendizes depois de contratados seja muito bem executado. Para isso, os setores de RH e DP precisam contar com uma ferramenta de gestão de pessoas, como o software da Factorial.

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Amanda Miquelino é redatora na Factorial para o mercado do Brasil. Jornalista e Criadora de Conteúdo, é apaixonada pela estratégia de SEO e pelo Marketing Digital. Por aqui, escreve tudo sobre o universo do RH para otimizar a rotina e a produtividade dos profissionais desse setor!   
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